quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Astrônomos já revelaram 1.700 planetas fora do Sistema Solar

A primeira descoberta está completando 25 anos e continua alimentando polêmica entre cientistas



Ao observar o movimento no céu em 1989, astrônomos em locais diferentes da Terra diagnosticaram o corpo celestial HD 114762 b , localizado há 132 anos-luz daqui. Como o objeto não brilhava, os cientistas comemoravam a descoberta do primeiro que orbita uma estrela que não o nosso Sol. De um lado do Atlântico estava o astrônomo David Latham, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos EUA. Do outro, Tsevu Mazeh, da Universidade de Tel Aviv. Essa dúvida faz com que parte da comunidade científica e astronômica internacional não sopre as velas dos 25 anos. Para esses pesquisadores e para a Nasa, 1995 é o ano da primeira descoberta de um exoplaneta.Mais do que uma descoberta, esses cientistas lançaram um mistério que ainda não foi solucionado. Seria aquela bola com uma massa 11 vezes superior à de Júpiter um planeta de verdade? A possibilidade de a resposta ser “sim” persiste. Mas há quem aposte que seja uma anã marrom, um corpo com massa demais para ser planeta e de menos para ser estrela. Pendengas cronológicas à parte, a existência de ao menos 1.696 exoplanetas - ou planetas extrassolares - já foi confirmada, e esse número não para de subir. Todos os dias, há novas confirmações de planetas que orbitam outras estrelas, inclusive em outros sistemas planetários. As três últimas confirmações (dos exoplanetas WASP-68 b, WASP-73 b e WASP-88 b) aconteceram em 10 de abril desde ano. Geralmente, os exoplanetas têm tamanho similar ao de Júpiter e não apresentam condições necessárias para a existência de qualquer forma de vida em sua superfície. Pelo descoberto até agora, os astrônomos dizem que há 3 tipos de exoplaneta: "os gigantes gasosos'', "os  gigantes gelados" e os que apresentam tamanho semelhante ao da Terra, que têm temperaturas altíssimas e que orbitam em curtos espaços de tempo.


Esses planetas não são detectados visualmente. Dois dos métodos mais utilizados pelos astrônomos são a análise dos efeitos gravitacionais que eles exercem sobre as estrelas que orbitam e o impacto que causam às estrelas à medida que passam em frente delas. Em 2006, foi lançada a Corot, a primeira missão espacial projetada para procurar exoplanetas. O satélite,  projetado para detectar exoplanetas rochosos quase tão pequenos quanto a Terra, descobriu 31 planetas até novembro de 2012. Outra missão, a Kepler, da Nasa, lançada em março de 2009, tinha como objetivo procurar planetas tipo terrestres orbitando na zona habitável de outras estrelas. Em 2010, a equipe anunciou seus primeiros achados. Cinco exoplanetas foram descobertos nos primeiros 43 dias de pesquisas. Conhecidos como "Júpiteres quentes", por causa de sua grande massa e alta temperaturas - entre 1093.3ºC e 1648.9ºC, orbitam estrelas maiores e mais quentes que o Sol. Em agosto daquele mesmo ano, a missão confirmou a existência de 2 exoplanetas do tamanho de Saturno e um possível terceiro planeta 1 vez e meia maior que a Terra orbitando uma estrela a 2.200 anos luz da constelação de Lyra. Essa foi a primeira descoberta de um sistema planetário com mais de um planeta cruzando ou transitando pela mesma estrela. A missão também foi responsável por confirmar a descoberta do seu primeiro planeta rochoso, o Kepler-10 b, em janeiro de 2011. Com tamanho 1.4 maior que a Terra, esse é o menor planeta descoberto fora do Sistema Solar.
Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia

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